quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Jean Paul Sartre


Sartre,
expoente máximo do
existencialismo francês, determinou o pensamento e a posição essencial da
geração de intelectuais do pós-guerra. Na obra O Ser e o Nada (1943), formulou
seus pressupostos filosóficos: "O ser humano foi lançado para a vida e,
diante dela, obrigado a adotar uma posição sensata; condenado à liberdade, só
pode encontrar o verdadeiro sentido de sua existência por intermédio da
responsabilidade". Sartre vinculou a filosofia existencial ao marxismo e à
psicanálise. Comprometido politicamente durante toda a vida, em 1956 abandonou
o Partido Comunista francês, ao qual pertencia desde 1952, em protesto pela
intervenção soviética na Hungria. Defendeu o movimento de libertação da Argélia
durante a guerra colonial, apoiou a rebelião estudantil de 1968 e criticou a
prisão em regime de isolamento dos terroristas do Exército Vermelho na
Alemanha, durante os anos de 1970. Em 1945, criou o periódico
político-literário Les Temps Modernes e, em 1972, foi co-fundador do diário
Libération. Sartre, que sempre repudiou a atenção pública sobre sua pessoa,
renunciou em 1964 ao Prêmio Nobel de Literatura. Compartilhou sua vida com a
escritora Simone de Beauvoir. Além de tratados filosóficos, escreveu numerosos
romances de sucesso, como A Náusea (1938) e O Muro (1939), dramas como As
Moscas (1949), ensaios sobre arte e política, como Situações, obra em dez
volumes, redigida entre 1947 e 1976, além de peças como Entre Quatro Paredes
(1944) e O Diado e o Bom Deus (1951).
Cronologia

1905 –
Jean-Paul Sartre nasce em Paris, a 21 de junho.
1907 –
Morte de seu pai: Muda se para a casa da avó materna, em Meudon; retorna a
Paris quatro anos
depois.
1917 – Em
novembro, os comunistas conquistam o poder na Rússia. 1922 – Mussolini, na
Itália, instaura o
regime
fascista.
1924 –
Sartre matricula-se na Escola Normal Superior, em Paris. Conhece Simone de
Beauvoir.
1931 – É
nomeado professor de filosofia no Havre.
1933 –
Hitler instaura o regime nazista na Alemanha.
1936 – Sartre
publica A Imaginação e A Transcendência do Ego.
1938 –
Publica A Náusea.
1939 –
Eclode a Segunda Guerra Mundial.
1940 –
Servindo na guerra, Sartre é feito prisioneiro pelos alemães e enviado a um
campo de
concentração.
1941 –
Liberto, volta à França e entra para a Resistência. Funda o movimento
Socialismo e Liberdade.
1943 –
Publica O Ser e o Nada.
1945 –
Fim da Segunda Guerra Mundial. Sartre dissolve Socialismo e Liberdade e funda,
com Merleau-
Ponty, a
revista Les Temps Modernes.
1952 –
Sartre ingressa no Partido Comunista Francês.
1956 –
Rompe com o Partido Comunista. Escreve O Fantasma de Stálin.
1960 –
Sartre publica Crítica da Razão Dialética.
1964 –
Publica As Palavras. Recusa o Prêmio Nobel de Literatura.
1968 –
Durante a revolta estudantil na França e em várias partes do mundo, Sartre
põe-se ao lado dos
estudantes
nas barricadas.
1970 –
Sartre assume simbolicamente a direção do jornal esquerdista La Cause de
Peuple, em protesto à
prisão de
seus diretores.
1971 –
Publica O Idiota da Família.
1973 –
Colabora na fundação do jornal libertário Libértacion.
1980 –
Morre Jean Paul Sartre



Pensamentos

°Cada
homem deve descobrir o seu próprio caminho.
°A
fingida caridade do rico não passa, da sua parte de mais um luxo; ele alimenta
os pobres como cães e cavalos.
°A
fingida caridade do rico não passa, da sua parte de mais um luxo; ele alimenta
os pobres como cães e cavalos.
°O
homem tem de poder escolher a vida em todas as circunstâncias.
°Um
homem não pode ser mais homem do que os outros, porque a liberdade é igualmente
infinita em todos.

Jhon Locke


Introdução

John Locke foi um importante filósofo inglês. É considerado um dos líderes
da doutrina filosófica conhecida como empirismo e um dos ideólogos do
liberalismo e do iluminismo. Nasceu em 29 de agosto de 1632 na cidade
inglesa de Wrington.

Biografia de John Locke

Locke teve uma vida voltada para o pensamento político e desenvolvimento
intelectual. Estudou Filosofia, Medicina e Ciências Naturais na Universidade
de Oxford, uma das mais conceituadas instituições de ensino superior da
Inglaterra. Foi também professor desta Universidade, onde lecionou grego,
filosofia e retórica.

No ano de 1683, após a Revolução Gloriosa na Inglaterra, foi morar na
Holanda, retornando para a Inglaterra somente em 1688, após o
restabelecimento do protestantismo. Com a subida ao poder do rei William III
de Orange, Locke foi nomeado ministro do Comércio, em 1696.Ficou neste
cargo até 1700, onde precisou sair por motivo de doença.

Locke faleceu em 28 de outubro de 1704, no condado de Essex (Inglaterra).
Nunca se casou ou teve filhos.

Empirismo filosófico de Locke

Para John Locke a busca do conhecimento deveria ocorrer através de
experiências e não por deduções ou especulações. Desta forma, as
experiências científicas devem ser baseadas na observação do mundo. O
empirismo filosófico descarta também as explicações baseadas na fé.

Locke também afirmava que a mente de uma pessoa ao nascer era uma
tábula rasa, ou seja, uma espécie de folha em branco. As experiências que
esta pessoa passa pela vida é que vão formando seus conhecimentos e
personalidade. Defendia também que todos os seres humanos nascem bons,
iguais e independentes. Desta forma é a sociedade a responsável pela
formação do indivíduo.

Visão Política de Locke

Locke criticou a teoria do direito divino dos reis, formulada pelo filósofo
Thomas Hobbes. Para Locke, a soberania não reside no Estado, mas sim na
população. Embora admitisse a supremacia do Estado, Locke dizia que este
deve respeitar as leis natural e civil.

Locke também defendeu a separação da Igreja do Estado e a liberdade
religiosa, recebendo por estas idéias forte oposição da Igreja Católica.

Para Locke, o poder deveria ser dividido em três: Executivo, Legislativo e
Judiciário. De acordo com sua visão, o Poder Legislativo, por representar o
povo, era o mais importante.

Embora defendesse que todos os homens fossem iguais, foi um defensor da
escravidão. Não relacionava a escravidão à raça, mas sim aos vencidos na

guerra. De acordo com Locke, os inimigos e capturados na guerra poderiam
ser mortos, mas como suas vidas são mantidas, devem trocar a liberdade pela
escravidão.

Principais obras de John Locke

- Cartas sobre a tolerância (1689)
- Dois Tratados sobre o governo (1689)
- Ensaio a cerca do entendimento humano (1690)
- Pensamentos sobre a educação (1693)

Frases de John Locke

- "Não se revolta um povo inteiro a não ser que a opressão é geral."
- "A leitura fornece conhecimento à mente. O pensamento incorpora o que
lemos".
- "As ações dos seres humanos são as melhores intérpretes de seus
pensamentos".

Socrates

Mas, na dúvida, decidiu questionar todos os sábios de Atenas para descobrir o quanto eles realmente sabiam. Com seu método de questionamento cheio de perguntas mordazes acabava por demolir as teses daqueles “sábios”. Sócrates logo constatou que os sábios de Atenas nada sabiam, assim como ele. Só que, como ele era o único que sabia que nada sabia, ele era, portanto, o mais sábio dos homens.

Sócrates, um filósofo mordaz
Sócrates realmente deve ter acreditado que o Oráculo de Delfos falava com a voz dos deuses. Apesar de sua excepcional contribuição para o avanço da filosofia fundada na razão, ele não deixava de ser uma criatura de seu tempo. Como todos acreditavam num deus de algum tipo, ele também o fazia.
Parte da vida de Sócrates coincidiu com a posição de Atenas como a mais poderosa e civilizada cidade-estado da Grécia

O homem mais feio e mais sábio de Atenas mostrou-se um soldado cheio de bravura. Numa ocasião, ele resgatou o amigo Alcibíades que estava ferido, carregando-o entre as tropas inimigas e salvando sua vida. Segundo Platão, o bem apessoado Alcibíades teria se apaixonado por Sócrates e feito de tudo para seduzi-lo. Mas, não obteve sucesso.

Sócrates não tinha uma vida fácil. Sua recusa em trabalhar para manter sua dedicação à filosofia fazia com que ele não ganhasse dinheiro. Lecionava para jovens através de conversas informais.
Quando tinha 50 anos, Sócrates casou-se com Xantipa, que dizem ter sido a única pessoa capaz de superá-lo numa argumentação. Eles tiveram três filhos e um casamento de muita união.

Mas aos 65 anos, com o fim da Guerra do Peloponeso e a vitória de Esparta, o então maior filósofo grego se viu em maus lençóis. Um antigo aluno seu, Crítias, foi colocado pelos espartanos como um dos tiranos que governaria Atenas. Sabendo da influência da filosofia de Sócrates, ele proibiu o seu ensino nas ruas da cidade. Mesmo após a queda dos tiranos e a retomada do pelos democratas, a situação dele não melhorou.
Caminhava pelas ruas de Atenas pregando a lógica, em um constante convite às pessoas a pensarem por si próprias. Sem nunca escrever tornou-se um dos homens da história de quem mais se escreveu até os dias de hoje. Foi venerado pelos jovens e progressistas de sua época, o que o tornava para os tradicionalistas um perigoso símbolo revolucionário, acusando-o de não acreditar nos seus deuses e de corromper sua juventude. Em virtude destas desconfianças acusaram-no injustamente de trair Atenas na guerra contra Esparta, condenando-o a morte. Em vez de fugir ele aceitou a condenação, pois para ele o império da lei era inquestionável.



s amigos subornar o Em 399 a.C. ele foi preso sob falsas acusações de heresia e corrupção de jovens. Condenado pelos cidadãos atenienses por 280 votos contra 220, ele foi sentenciado à morte.
Na sua última noite na prisão, sempre discutindo filosofia rodeado de seus jovens discípulos, entre eles Platão, a discussão girou em torno de sua angustiante dúvida: haveria outra vida após a morte? Morreu após tomar serenamente uma taça de cicuta, por ele mesmo solicitada a um dos criados, diante do sofrimento de seus amigos vendo-o beber o líquido fatal.
Antes de ingerir o veneno que o mataria ele disse aos amigos que se reuniam em sua cela: “Chegou a hora de seguirmos caminhos diferentes: eu, o da morte; vocês, o da vida. Qual deles é o melhor somente Deus sabe”
Escreveu Platão, encerando a discrição da cena,de morte de seu mestre: Tal foi o fim do nosso amigo, o melhor, o mais justo e o mais sábio de todos os homens que nos foi dado a conhecer.
O SOCRATES A CAMINHO DA MORTE CARNAL.
A sua filosofia não era uma teoria especulativa, mas a própria vida que ele vivia.

Aos setenta e tantos anos foi Sócrates condenado à morte, embora inocente.

Enquanto aguardava no cárcere o dia da execução, seus amigos e discípulos moviam céus e terra para preservá-lo da morte.
Na véspera da execução, conseguiram seus amigos subornar o carcereiro, que abriu a porta da prisão. Porém ele não moveu um dedo para esse fim; com perfeita tranqüilidade e paz de espírito aguardou o dia em que ia beber o veneno mortífero.

...Críton, o mais ardente dos discípulos de Sócrates, entrou na cadeia e disse ao mestre:

- Foge depressa, Sócrates!

- Fugir, por quê? - perguntou o preso.

- Ora, não sabes que amanhã te vão matar?

- Matar-me? A mim? Ninguém me pode matar!

- Sim, amanhã terás de beber a taça de cicuta mortal - insistiu Críton.

- Vamos, mestre, foge depressa para escapares à morte!

- Meu caro amigo Críton - respondeu o condenado - que mau filósofo é tu! Pensar que um pouco de veneno possa dar cabo de mim...

Depois puxando com os dedos a pele da mão, Sócrates perguntou:

- Críton, achas que isto aqui é Sócrates?

E, batendo com o punho no osso do crânio, acrescentou:

- Achas que isto aqui é Sócrates? ... Pois é isto que eles vão matar, este invólucro material; mas não a mim. EU SOU A MINHA ALMA. Ninguém pode matar Sócrates! ...
No dia seguinte, quando o sentenciado já bebera o veneno mortal e seu corpo ia perdendo aos poucos a sensibilidade, Críton perguntou-lhe, entre soluços:

- Sócrates, onde queres que te enterremos?

Ao que o filósofo, semiconsciente, murmurou:

- Já te disse amigo, ninguém pode enterrar Sócrates... Quanto a esse invólucro, enterrai-o onde quiserdes. Não sou eu... EU SOU MINHA ALMA...

E assim expirou esse homem com 71 anos, que tinha descoberto o segredo da FELICIDADE, que nem a morte lhe pôde roubar.

CONHECIA-SE A SI MESMO, O SEU VERDADEIRO EU DIVINO. ETERNO. “IMORTAL...”
Citações de Sócrates.
A eloqüência é a arte de aumentar as coisas pequenas e diminuir as grandes.
A ociosidade é que envelhece não o trabalho.
A palavra é o fio de ouro do pensamento.
A raiva é danosa para todo mundo, porém ela é mais danosa ainda para o homem que a sente.
A verdade não está com os homens, mas entre os homens.
A vida que não passamos em revista não vale a pena viver.
Alcançar o sucesso pelos próprios méritos. Vitoriosos os que assim procedem.
Casar ou não casar - você sempre lamentará.
Chamo de preguiçoso o homem que podia estar melhor empregado.
Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o Universo de Deus.
De qualquer modo, case! Se você tiver uma boa esposa, será feliz e se você tiver uma ruim, se tornará um filósofo. O que é bom para qualquer homem.
É melhor fazer pouco e bem, do que muito e mal.
Freqüentemente, quando olhava para o grande número de coisas, ele dizia para si mesmo: "Quantas coisas existem de que não preciso".

Há sabedoria em não crer saber aquilo que tu não sabes.
Não penses mal dos que procedem mal; pense somente que estão equivocados.
O amor é filho de dois deuses, a carência e a astúcia.
O início da sabedoria é a admissão da própria ignorância.
Os livros são um empecilho à aprendizagem.
Os maus homens vivem para comer e beber; os bons comem e bebem para viver.
Procure suportar com ânimo tudo aquilo que precisa ser feito.
Quatro características devem ter um juiz: ouvir cortesmente, responder sabiamente, ponderar prudentemente e decidir imparcialmente.
Quem melhor conhece a verdade é mais capaz de mentir.
Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância.
Se o desonesto soubesse a vantagem de ser honesto, ele seria honesto ao menos por desonestidade.
Sob a direção de um forte general, não haverá jamais soldados fracos.
Todo o meu saber consiste em saber que nada sei.
Todos os homens têm manias: uns gostam de cavalos; outros de cães; outros querem ouro, outros, honraria. Quanto a mim, nenhuma dessas coisas me atrai. Mas tenho paixão por amigos.
Uma vez igualadas aos homens, as mulheres se tornam seus superiores.

Resumo...

 
Convicções são maiores inimigas da verdade que mentiras.
— Friedrich Nietzsche         


Sócrates:
Sócrates nasceu em Atenas, provavelmente no ano de 470 AC, e tornou-se um dos principais pensadores da Grécia Antiga. Podemos afirmar que Sócrates fundou o que conhecemos hoje por filosofia ocidental. Foi influenciado pelo conhecimento de um outro importante filósofo grego : Anaxágoras. Seus primeiros estudos e pensamentos discorrem sobre a essência da natureza da alma humana.
Sócrates não foi muito bem aceito por parte da aristocracia grega, pois defendia algumas idéias contrárias ao funcionamento da sociedade grega. Criticou muitos aspectos da cultura grega, afirmando que muitas tradições, crenças religiosas e costumes não ajudavam no desenvolvimento intelectual dos cidadãos gregos.
Apesar de nunca ter escrito uma obra, a atividade filosófica de Sócrates está documentada nos livros do também filósofo grego Platão. Os célebres diálogos de Platão incluem o "Êutifron", o "Critão", o "Fédon" e "Um Banquete". Em todos eles, Sócrates aparece como personagem.
Platão:
Em resumo, para Platão a realidade se dividia em duas partes. A primeira parte é o mundo dos sentidos, do qual não podemos ter senão um conhecimento aproximado ou imperfeito, já que para tanto fazemos uso de nossos cinco (aproximados e imperfeitos) sentidos. Neste mundo dos sentidos, tudo "flui" e, consequentemente, nada é perene. Nada é no mundo dos sentidos; nele, as coisas simplesmente surgem e desaparecem. A outra parte é o mundo das idéias, do qual podemos chegar a ter um conhecimento seguro, se para tanto fizermos uso de nossa razão. Este mundo das idéias não pode, portanto, ser conhecido através dos sentidos. Em compensação, as idéias (ou formas) são eternas e imutáveis.
Aristoteles:
Aristóteles, por sua vez, dizia que os sentidos são um ponto de partida importante para a compreensão do mundo.
Só há um mundo e é este que pode ser percebido por nossos sentidos.
É neste mundo sensível que vivemos e é dele que devemos retirar o conhecimento.
Somente a partir da análise criteriosa do mundo que nos cerca poderemos perceber as relações que as coisas apresentam entre si.
Para Aristóteles, seu mestre cometeu um grave equívoco: duplicou o mundo, e esse não é o melhor caminho para compreendê-lo.
Os europeus entram em contato com a filosofia aristotélica durante a invasão dos povos árabes, inicialmente tal filosofia é vista como ameaça à fé cristã, pois Aristóteles afirmava ser impossível o homem ter contato direto com a divindade. Através de Santo Tomás de Aquino, o pensamento aristotélico fornece ao cristianismo da época, uma estrutura racional para sobreviver no ambiente laico e acadêmico.
Até Hegel, século XIX, toda a filosofia ficou calcada nos preâmbulos das afirmações de Aristóteles. Atualmente, a filosofia não desconsidera Aristóteles, mas o coloca em vários pontos e idéias já superadas.
Durante séculos, a própria ciência trabalhou sob o pensamento aristotélico. O surgimento de uma ciência moderna ocorre com o rompimento com a ciência aristotélica através dos trabalhos de Galileu e tantos outros cientistas que questionaram o geocentrismo.
Maquiavel:
Quando queremos dizer que alguém é ardiloso, astuto ou pérfido, costumamos dizer que é maquiavélico. O adjetivo não é nada lisonjeiro, mas o responsável por ele é um dos filósofos mais importantes da história da filosofia política. Niccolò Maquiavel (1469-1527) nasceu em Florença, na época do Renascimento.
A Europa passava então por grandes transformações. Uma nova classe social, a burguesia comercial, buscava espaço político junto à nobreza, ao mesmo tempo em que assistia a um movimento de centralização do poder que daria origem aos Estados absolutistas (Portugal, Espanha, França e Inglaterra).

Em "O Príncipe" (palavra que designa todos os governantes), a política não é vista mais através de um fundamento exterior a ela própria (como Deus, a razão ou a natureza), mas sim como uma atividade humana. O que move a política, segundo Maquiavel, é a luta pela conquista e pela manutenção do poder.
A contribuição de Nicolau Maquiavel para o mundo é imensa. Ensinou, através da sua obra , a vários políticos e governantes. Aliás, a obra de Maquiavel entrou para sempre não só na história, como na nossa vida cotidiana atual, já que é aplicável a todos os tempos.
Sartre:
Jean-Paul Charles Aymard Sartre (Paris, 21 de Junho de 1905 — Paris, 15 de Abril de 1980) foi um filósofo, escritor e crítico francês, conhecido como representante do existencialismo. Acreditava que os intelectuais têm de desempenhar um papel ativo na sociedade. Era um artista militante, e apoiou causas políticas de esquerda com a sua vida e a sua obra.
Sua filosofia dizia que no caso humano (e só no caso humano) a existência precede a essência, pois o homem primeiro existe, depois se define, enquanto todas as outras coisas são o que são, sem se definir, e por isso sem ter uma "essência" posterior à existência.[
EXISTENCIALISMO

A essência do homem é não ter essência, a essência do homem é algo que ele próprio constrói, ou seja, a História. "A existência precede a essência"; nenhum ser humano nasce pronto, mas o homem é, em sua essência, produto do meio em que vive, que é construído a partir de suas relações sociais em que cada pessoa se encontra. Assim como o homem produz o seu próprio ambiente, por outro lado, esta produção da condição de existência não é livremente escolhida, mas sim, previamente determinada. O homem pode fazer a sua História mas não pode fazer nas condições por ele escolhidas. O homem é historicamente determinado pelas condições, logo é responsável por todos os seus atos, pois ele é livre para escolher. Logo todas as teorias de Marx estão fundamentadas naquilo que é o homem, ou seja, o que é a sua existência. O Homem é condenado a ser livre.

As relações sociais do homem são tidas pelas relações que o homem mantém com a natureza, onde desenvolve suas práticas, ou seja, o homem se constitui a partir de seu próprio trabalho, e sua sociedade se constitui a partir de suas condições materiais de produção, que dependem de fatores naturais (clima, biologia, geografia...) ou seja, relação homem-Natureza, assim como da divisão social do trabalho.

Thomas Hobbes


Filósofo inglês do século XVII, fundador
da filosofia moral e política inglesa.
Nasceu em Westport, Inglaterra, a 5 de Abril de 1588, e
morreu Hardwick Hall em 4 de Dezembro de 1679.
Nascido no ano da Invencível Armada, nasceu prematuramente devido à ansiedade da mãe, segundo ele próprio defendeu. O pai de Hobbes, um clérigo da igreja anglicana, desapareceu depois de se ter envolvido numa zaragata à porta da sua igreja, abandonando os seus três filhos aos cuidados de um seu irmão, um bem sucedido luveiro de Malmesbury.
Aos 4 anos Hobbes foi enviado para a escola, em Westport, a seguir para uma escola privada, e finalmente para Oxford onde se interessou sobretudo por livros de viagens e mapas. Quando acabou os estudos tornou-se professor privado do futuro 1.º conde de Devonshire, William Cavendish, iniciando a sua longa relação com a família Cavendish. Tornou-se muito chegado ao seu aluno, que era pouco mais novo do que ele, tornando-se seu secretário e companheiro. Assim, em 1610 Thomas Hobbes visitou a França e a Itália com o seu pupilo. Aí descobriu que a filosofia Aristotélica que tinha aprendido estava a perder influência, devido às descobertas de astrónomos como Galileo e Kepler, que formularam as leis do movimento planetário. Por isso, ao regressar a Inglaterra decidiu tornar-se um estudioso dos clássicos, tendo realizado uma tradução da História da Guerra do Peloponeso de Tucídedes, publicada em 1629, influenciada pelos problemas contemporâneos da Inglaterra .
Tendo voltado a viajar para o estrangeiro, com o seu novo pupilo Hobbes foi chamado a Inglaterra, em 1630, para ensinar o jovem 2.º conde de Devonshire, William Cavendish, filho do seu patrono e pupilo.
Foi durante uma nova viagem, a terceira, ao continente que se deu o ponto de viragem intelectual de Hobbes, quando descobriu os Elementos de Euclides, e a Geometria, devido à influência de Galileu, que o ajudou a clarificar as suas ideias sobre a filosofia, como qualquer coisa que podia ser demonstrada em termos positivos - «as regras e a infalibilidade da razão» - tendo escrito os Elementos do Direito, Natural e Político, que circulou manuscrito em 1640, mas que só foi publicado no século XIX, após ter chegado a Inglaterra, em 1637.
Em 1640 foi um dos primeiros emigrantes Realistas, o primeiro segundo ele próprio orgulhosamente afirmava, tendo vivido em Paris, nos onze anos seguintes. Contactou de novo co ocírculo de Mersenne, escreveu sobre Descartes e publicou o De Cive, que desenvolvia os argumentos apresentados na 2.ª parte dos Elementos, concluindo abordando as relações entre o estado e a religião. Em 1646 o príncipe de Gales, o futuro Carlos II, chegou a Paris tendo Hobbes sido convidado a ensinar-lhe matemática. Os problemas políticos ingleses e o cada vez maior número de refugiados políticos levou-o a de novo para a filosofia política. Assim, em 1647 publicou uma segunda edição, aumentada, do De Cive, e a sua tradução inglesa em 1651. Em 1650 publicou Os Elementos da Lei em duas partes, a Natureza Humana e o De Corpore Politico (Do Corpo Político).
Em 1651 publicou a sua obra-prima, o Leviatã. Carlos I tinha sido executado e a causa realista parecia completamente perdida, por isso no fim da obra tentou definir as situações em que seria possível legitimamente a submissão a um novo soberano. Tal capítulo valeu-lhe o desagrado da corte do novo rei de Inglaterra, no exílio, já que se pensava que Hobbes estava a tentar cortejar o regime republicano em Inglaterra. Excluído da corte inglesa e suspeito para as autoridades francesas, devido aos seus ataques contra o Papado, Hobbes regressou de facto a Inglaterra nesse ano de 1651.
O regresso a Inglaterra não se fez sem perigos, já que Hobbes tinha atacado o sistema universitário, devido ao seu antigo apoio ao Papa, continuando a criticá-lo devido à manutenção de um ensino baseado em conhecimentos ultrapassados. De facto, a Universidade de Oxford criticou-o duramente em 1655, quando da saída do De Corpore. Hobbes impressionado com os progressos de Galileu na mecânica, tentou explicar todos os fenómenos e os próprios sentidos com base do movimento dos corpos. A posição foi muito criticada dando origem a uma polémica que durou até 1662, ano em que se defendeu, com sucesso, de ter abandonado Carlos II, no exílio.
Com a Restauração da monarquia inglesa, em 1660, na pessoa de Carlos II, Hobbes voltou a ser admitido na corte, contra o parecer dos bispos, passando mesmo a receber uma pensão do rei. Em 1666-67 Hobbes sentiu-se realmente ameaçado, devido à tentativa de aprovação no Parlamento de uma lei contra os ateus, e os profanadores de túmulos, já que a comissão encarregue de discutir a lei tinha por dever analisar O Leviatã. Hobbes defendeu-se afirmando que não havia em Inglaterra nenhum tribunal com jurisdição sobre as heresias, desde a extinção da «high court of comission», em 1641. O parlamento acabou por não aprovar a lei contra o ateísmo, mas mesmo assim Hobbes nunca mais pôde publicar sobre a conduta dos homens, possivelmente o preço que o rei acordou para Hobbes ser deixado em paz.
O fim da vida foi passado com os clássicos da sua juventude, tendo publicado uma tradução da Odisseia em 1675, e a da Ilíada no ano seguinte.
Fonte:
Enciclopédia Britânica
platao
A atividade literária de Platão abrange mais de cinqüenta anos da sua vida: desde a morte de Sócrates , até a sua morte. A parte mais importante da atividade literária de Platão é representada pelos diálogos - em três grupos principais, segundo certa ordem cronológica, lógica e formal, que representa a evolução do pensamento platônico, do socratismo ao aristotelismo .


PLATÃO


Este importante filósofo grego nasceu em Atenas, provavelmente em 427 a.C. e morreu em 347 a.C. É considerado um dos principais pensadores gregos, pois influenciou profundamente a filosofia ocidental. Suas idéias baseiam-se na diferenciação do mundo entre as coisas sensíveis (mundo das idéias e a inteligência) e as coisas visíveis (seres vivos e a matéria).
Filho de uma família de aristocratas, começou seus trabalhos filosóficos após estabelecer contato com outro importante pensador grego: Sócrates. Platão torna-se seguidor e discípulo de Sócrates. Em 387 a.C, fundou a Academia, uma escola de filosofia com o propósito de recuperar e desenvolver as idéias e pensamentos socráticos. Convidado pelo rei Dionísio, passa um bom tempo em Siracusa, ensinando filosofia na corte.

Ao voltar para Atenas, passa a administrar e comandar a Academia, destinando mais energia no estudo e na pesquisa em diversas áreas do conhecimento: ciências, matemática, retórica (arte de falar em público), além da filosofia. Suas obras mais importantes e conhecidas são: Apologia de Sócrates, em que valoriza os pensamentos do mestre; O Banquete, fala sobre o amor de uma forma dialética; e A República, em que analisa a política grega, a ética, o funcionamento das cidades, a cidadania e questões sobre a imortalidade da alma.
Idéias de Platão para a educação
Platão valorizava os métodos de debate e conversação como formas de alcançar o conhecimento. De acordo com Platão, os alunos deveriam descobrir as coisas superando os problemas impostos pela vida. A educação deveria funcionar como forma de desenvolver o homem moral. A educação deveria dedicar esforços para o desenvolvimento intelectual e físico dos alunos. Aulas de retórica, debates, educação musical, geometria, astronomia e educação militar. Para os alunos de classes menos favorecidas, Platão dizia que deveriam buscar em trabalho a partir dos 13 anos de idade. Afirmava também que a educação da mulher deveria ser a mesma educação aplicada aos homens.
Frases de Platão

"O belo é o esplendor da verdade".
"O que mais vale não é viver, mas viver bem".
"Vencer a si próprio é a maior de todas as vitórias".
"O amor é uma perigosa doença mental".
"Praticar injustiças é pior que sofrê-las".
"A harmonia se consegue através da virtude".
"Teme a velhice, pois ela nunca vem só".
"A educação deve possibitar ao corpo e à alma toda a perfeição e a beleza que podem ter".

Curiosidades sobre Platão


Quando o filósofo Sócrates foi condenado à morte, em 399 a. C., pelo
governo de Atenas ( sob a acusação de "perverter a juventude" com seus
ensinamentos filosóficos), Platão, que era seu discípulo, preferiu
deixar a cidade. Passou então alguns anos percorrendo outras partes do
mundo grego, desde o norte da África até a Itália, e nessas andanças
tomou contato com os ensinamentos pitagóricos. Com 40 anos, retornou a
Atenas e dedicou-se inteiramente à filosofia, fundando uma escola
chamada "Academia".

Sua obra filosófica está escrita em forma de diálogos. É nela,
inclusive, que estão contidas as idéias de Sócrates (que deixou
escritos).

Segundo Platão, os sentidos físicos não nos revelam a verdadeira
natureza das coisas. Por exemplo, ao observamos algo branco ou belo,
jamais chegaremos a ver a brancura ou a beleza plenas, embora
tragamos, dentro de nós, uma idéia do que elas são. Assim, as únicas
coisas de fato permanentes e verdadeiras seriam as idéias. O mundo
físico, por sua vez, não passaria de uma cópia imperfeita e mutável
delas. Observar o mundo físico (tal como a ciência faz hoje em dia)
pouco serviria, portanto, para alcançarmos uma compreensão da
realidade, embora servisse para reconhecermos, ou recordamos, as
idéias perfeitas que traríamos dentro de nós.

O filósofo reconhecia na Matemática a importância de permitir realizar
abstrações, aproximando-se assim do mundo perfeito das idéias. Talvez
por isso tenha sido atribuído a ele o conceito dos cinco poliedros
"perfeitos" (tetraedro, hexaedro, octaedro, dodecaedro e icosaedro,
também conhecidos como poliedros de Platão), na verdade descritos por
Pitágoras mais de cem anos antes. Esses sólidos geométricos
expressariam, em suas formas regulares, a perfeição do mundo ideal.

Os corpos celestes, por sua vez, descreveriam circunferências (pois
esta seria a curva perfeita) em torno da Terra, mantendo-se em órbita
por estarem presos a esferas cristalinas concêntricas.

A Academia, que Platão fundou, se manteve em funcionamento após sua
morte, aos 80 anos. Ela só seria fechada oito séculos depois, por
ordem do imperador Justiniano. A filosofia platônica, porém,
continuaria a ter influência sobre o pensamento da igreja até o século
XIII, quando os conceitos de Aristóteles (384 a.C. - c. 322 a.C.)
passariam a ser mais dominantes.